CODA é uma sigla em Inglês, que significa Children of deaf adults usada para identificar os Filhos de Pais Surdos.
Na cultura surda os filhos ouvintes recebem essa sigla por transitarem em dois mundos diferentes, duas culturas – a cultura surda e a cultura ouvinte. Meio que se criou, então, a terceira cultura – CODA!
Na cultura surda, além da língua ser um idioma próprio, alguns hábitos são totalmente diferentes da cultura ouvinte. Por exemplo, a gramática da Libras não segue a mesma gramática da Língua Portuguesa.
Então, quando um surdo se expressa, digamos que ele é mais sucinto e vai direto ao ponto sem muitos rodeios. Para quem não conhece, às vezes pode soar um pouco grosseiro, mas, na verdade, não existe uma outra forma de dizer aquilo que precisam para se expressar, como acontece, muitas vezes, na língua portuguesa.
Então, um CODA, em meio à essa cultura dupla, acaba tendo um pouco de dificuldade de se expressar sem ser mal interpretado, mas nada que nós não aprendamos.
Transitar em dois mundos diferentes, duas culturas – a cultura surda e a cultura ouvinte
Ser CODA, na sua grande maioria, traz uma certa responsabilidade desde o nascimento, visto que o único ouvinte da casa é aquela criança indefesa, onde, com os “macetes” da vida, vai aprendendo a se defender e cuidar da família (seus pais), às vezes por ouvir comentários de pessoas que não sabem lidar com as diferenças ou por ter que transmitir uma informação que muitas vezes nem ele entende, para que seus pais possam ter o mínimo de informação que o mundo oferece.
Porém, isso não significa que não recebem os cuidados devidos. Muito pelo contrário, são muito amados pelos pais, familiares e principalmente por toda a comunidade surda.
Ser CODA, do ponto de vista de um CODA, é todo um universo que fica difícil de ser resumido em poucas palavras.